de Bom, de Beer, de Breda, de Breja, de brasileiro, de Bélgica, de Bruxelas...
De trem chegamos nessa que é a capital mundial da Cerveja, da boa cerveja, na minha opinião as melhores do mundo. Já eram mais de 19h, começava a escurecer, saímos da estação e, como sempre, procuramos um mapa para nos localizar, outro ponto pros europeus, todo ponto de ônibus tem um mapa da redondeza com indicações turísticas, não há aperto, miramos os albergues mais próximos e lá fomos nós em busca de um lugar para tomar um banho e descansar. Depois do calor na Espanha, da Chuva na Holanda, chegou a vez do frio na Bélgica, um final de verão de 11°C, sim eu disse verão, mas isso sequer arranhou a maravilha que vivemos lá.
Foram três dias de puro êxtase, era o final de semana do Beer Weekend Paradise, de longe a melhor festa de cerveja que já pude visitar. Na edição de 2008 foram nada menos do que duzentos tipos de cerveja diferentes: Pils, Amber, White Beer, Trappist, Geuze/Lambic, Fruit Beer, Strong Pale, Strong Brown, Red-Brown, entre outras e, com certeza absoluta, não estavam lá todas as Belgas.
A festa é bem legal, montada no centro da Grand'Place, lota do início ao fim, e só se bebe cerveja em copos de vidro específicos de acordo com a cervejaria e o tipo de cerveja. Há exceções é claro, como a cerveja feita com adição de côco que era servida numa cuia feita com a casca da fruta polida, muito bacana!
Tomamos mais de setenta tipos diferentes, haja tampinhas, é, tampinhas, na verdade você precisa comprar tampinhas para poder pegar a cerveja escolhida nas barracas das cervejarias, funcionam como fichas e custam um euro cada, assim, você não manipula dinheiro no interior da festa e pode escolher cervejas de duas a cinco tampinhas o copo.
La conhecemos as maravilhosas cervejas Kriek, dentre as quais a Mystic impera absoluta. Tomamos também a famosa Deus e como disse, a lista é enorme, vale a consulta ao site da festa para verificar toda a "carta", vale muito a pena. No ambiente da festa não se vende nada para acompanhar as cervejas, nenhum petisco, mas logo na entrada havia uma carrocinha onde um simpático casal vendia mariscos e escargot, uma ótima pedida para a ocasião.
Visitamos também durante esses dias os principais locais "cervejísticos" de Bruxelas como o A La mort Subite onde fomos muito bem atendidos por uma garçonete "gordinha" e super simpática, o famoso Delirium Café com suas mesas feitas dentro de tanques de brassagem de cobre e seu porão com shows ao vivo, a classica Brasserie Cantillon onde provamos as famosas Geuze ou Gueuze, que é um tipo muito particular de cerveja, não muito fácil de se apreciar, entre outros. Tomamos muita cerveja também em pequenas lojinhas, geralmente de imigrantes, onde haviam um sem número de opções a um preço bem menor que o da festa e dos bares.
Como sempre, algo além da cerveja precisa aparecer no blog, no caso de Bruxelas foi o lixo na rua no período noturno que me chamou a atençao, embora embalados em sacos próprios, as pilhas nas esquinas não ficam nada a dever aos lugares menos limpos do planeta, a imagem é feia mesmo, e serve de aviso aos menos atentos que vivem achando que o brasileiro é que joga lixo na rua, para ver, basta sair dos eixos turísticos das cidades européias, tudo estará lá tanto quanto aqui.
Fica um aparte também para os Albergues, tudo muito bom a um ótimo preço.
Prosit!!!
PS - Já ia me esquecendo, Bruxelas é a capital mundial dos quadrinhos o que merece um próximo capítulo.
Setenta tipos???? Quase um coma!
ResponderExcluirMystic e Deus, estou curiosa para provar.
Prousit!