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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Novíssimos Rótulos B&R Beer

Me recordo de algumas perguntas dos nossos amigos e leitores sobre rótulos, como criá-los, onde produzi-los, como colocá-los nas garrafas, quanto custa, que tipo é melhor entre outras. Não responderei a essas perguntas neste momento, mas caso alguém precise de respostas para as mesmas não se avexe em me enviar um e-mail, terei muito prazer em auxiliá-los.

A intenção hoje é divulgar em primeira mão os rótulos desenvolvidos para nossas cervejas e que serão utilizados já neste natal nos Kits de Presente B&R Beer.

Como tudo em nossa produção, nossos rótulos foram desenvolvidos artesanalmente por nós mesmos, as idéias discutidas por mim e pelo Riva com a opinião de nossas famílias e amigos nos permitiram chegar ao resultado que passo a apresentar. Seguirei a ordem natural da criação dos rótulos o que não tem nenhuma relação com preferências pelas cervejas ou pelos próprios.

Abaixo de cada rótulo adicionei a descrição que consta do contra-rótulo de cada estilo de forma a possibilitar uma leitura mais confortável já que as letras no contra-rótulo são bastante reduzidas. Claro, os textos também são originalmente criados por mim.

Lá vão eles, espero que apreciem a roupagem de nossas garrafas:

Nossa Stout é uma cerveja encorpada de paladar maltado e marcante, apresentando aromas complexos de café, petróleo e com suave nota de chocolate amargo. Harmoniza muito bem com carnes vermelhas, de caça e comidas de inverno. Experimente ousar degustando a Stout B&R junto com sobremesas à base de chocolate.


Nossa Red ale é uma cerveja cremosa com aromas sofisticados de lúpulo, nozes e madeiras nobres, possui um toque de damasco além de um amargor característico das melhores cervejas inglesas. Harmoniza muito bem com massas recheadas, aves, peixes e queijos. Experimente ousar degustando a Red ale B&R combinada com frutas silvestres.


Nossa Weiss é uma cerveja leve e refrescante possuindo aromas característicos de banana e mel com uma leve pitada de cravo. Harmoniza muito bem com saladas, peixe cru, carpaccios, foundues, racklete, queijos brie e camembert. Experimente ousar degustando a Weiss B&R junto com sobremesas quentes, petit gateau e flambados.

 
Nossa Cherry B&R é uma cerveja leve elaborada com cerejas "in natura" selecionadas e maceradas em um processo artesanal que antecede a fermentação. Produzida uma vez por ano em dezembro durante a estação da fruta foi inspirada nas famosas Kriek belgas, tem coloração avermelhada, espuma leve e alva. Harmonize esta deliciosa cerveja com scargots e batatas fritas ao estilo belga.


Nossa Gold Ale é uma cerveja equilibrada produzida utilizando fermentos belgas possuindo aromas maltados e coloração dourada. Harmoniza muito bem com petiscos, comidinhas de boteco e churrasco de cordeiro. Experimente ousar degustando a Gold Ale com frutos do mar ou caviar.


Nossa ESB é uma cerveja de paladar maltado e amargor acentuado e marcante, apresentando aromas complexos de lúpulo com notas de café torrado. Harmoniza muito bem com embutidos, carne de porco e conservas. Experimente ousar degustando a ESB junto com sobremesas quentes como crepes e churros recheados.

 
Nossa Strong Weiss é uma cerveja robusta, com personalidade, amargor suave e de alto teor alcoólico, porém equilibrada. Harmoniza muito bem com carnes especiais como cordeiro e avestruz. Experimente ousar degustando a Strong Weiss acompanhando queijos Brie, Roquefort e Royal Dutch.


Como puderam perceber existe um padrão de comunicação visual em todos os rótulos. De forma simples conseguimos colocar muita informação sobre a bebida e ao mesmo tempo não poluir a mensagem obtendo, portanto rótulos limpos e informativos.
 
Por fim, tenho o prazer de apresentar a vocês nossa última criação e que por uma feliz coincidência pode vir a ser um dos primeiros rótulos oferecidos aos consumidores, com vocês nossa tripel, produzida com fermento Belga apropriado para cervejas trapistas, com lúpulos utilizados pelas mais famosas cervejas tripel do mercado e seguindo a tradição daquele país em se produzir cervejas com adição de candi sugar:


Qüintos® Tripel B&R é uma cerveja de aromas e sabores complexos com forte presença de frutas e leve toque de especiarias. Ligeiramente adocicada devido à adição de "candi rock sugar" e com um suave amargor advindo da combinação perfeita dos lúpulos "Styrian Goldings e Tettnang" que somados à marcante sensação trazida por seu alto teor alcoólico proporciona uma degustação única e equilibrada. Aprecie essa deliciosa cerveja em taças altas de bojo largo, preferencialmente de cristal. Harmonize com massas secas com molhos à base de queijo. 
Aguardem! Até o final de dezembro postarei aqui nossa garrafa especial para esta cerveja mais que especial, tenho certeza de que vocês irão gostar. Será uma tiragem limitada de 30 unidades.

Aqui registro com orgulho nossas criações com a certeza de, em breve, estarmos juntos degustando algumas delas.

Aos amigos que já tiveram ou não o prazer de experimentar algumas de nossas criações, todas, sem exceção, com receitas originais, fica o lembrete para acessar nosso blog na primeira semana de novembro para conhecer nosso Kit de Natal e fazer suas encomendas, serão somente cinquenta unidades e 26 já tem endereço certo.

Espero que tenham gostado.

Fiquem com Deus.

Prosit!!!

Para proteger os direitos de autoria, imagem e maarca, todos os rótulos estão registrados em cartório e constam de processos no INPI desde outubro/2010.

domingo, 17 de outubro de 2010

Cervejas Extremas

Quem disse que os extremos são perigosos?

Enfim chegamos ao último estágio de conscientização. Como se diz, o último, mas não menos importante! Se você nos acompanhou e teve a oportunidade de degustar algumas cervejas sugeridas aqui ao longo desse árduo caminho, parabéns! Se conseguiu arrebanhar mais adeptos com você, parabéns em dobro!!

Esse conceito de cerveja extrema embora pareça ser bastante recente, foi utilizado e documentado em Boston no ano de 1994 para descrever a Triple Bock Sam Adams (17,5% ABV – álcool por volume), além disso, há informações de que home-brewers americanos perseguem essas características desde os anos 70, pois esse tipo de cerveja tem nos EUA sua maior popularidade.

As chamadas “Extreme Beer” começaram a tomar corpo mundialmente há pouco tempo, a menos de dois anos atrás a cerveja mais alcoólica do mundo tinha 27% ABV, mas os consumidores queriam mais. Como na sua grande maioria as cervejas possuem entre 4 e 6% ABV (logicamente há ainda várias com 8%, 9%, 10% +) sabemos que esse teor é determinado pelos limites da fermentação tradicional, contudo, utilizando-se de um método chamado de “Freeze Destilled” repetidas vezes podemos conferir à bebida aromas e sabores inimagináveis, além de teores alcoólicos surpreendentes que superam os 40% ABV. Lembrando aos mais afoitos que o método é muito antigo e utilizado nas cidras chamado também de "freeze distillation", "normal freezing" ou "progressive freezing", mas começou a ser utilizado na produção de cervejas recentemente.

Mas o que vem a ser esse processo de “destilação por congelamento”? O termo destilação é aplicado aqui de forma ilustrativa, já que sabemos que a destilação pressupõe o aquecimento da mistura de forma a evaporar e condensar o líquido concentrando seu teor alcoólico devido à separação deste do excesso de água e outros elementos presentes na mistura. Da mesma maneira, quando resfriamos uma mistura a um ponto de quase congelamento podemos separar boa parte da água, em forma de cristais de gelo, dos demais componentes, assim simularemos uma destilação, porém a frio, daí o nome.

Quanto mais se repete a operação, mais “água” se retira da mistura e, por conseguinte, mais a concentramos; Claro, aqui também existirá um limite, mas os entusiastas da cerveja já atingiram os 55% ABV (veja quadro mais à frente). Mais detalhes sobre “freeze destilation” acesse http://wiki.homedistiller.org/Freeze_distillation .

E como uma cerveja pode ser considerada extrema? Somente por ter altíssimos teores alcoólicos? A resposta é NÃO. De acordo com nossos amigos americanos, para que uma cerveja receba este estigma ela precisa se encaixar em pelo menos uma das características abaixo:

* Cervejas produzidas sem lúpulo (acreditem!!), mas com alta concentração de plantas como urze (estorga) ou lavanda (procure por heather flower – essas flores eram utilizadas na Escócia antes do advento do humulus lupulus pela facilidade de encontrá-las naquele país);

* Cervejas envelhecidas em barris de carvalho de Jack Daniels e que tenham teor alcoólico igual ou superior a 20%;

* Estilos tradicionais de Cerveja, mas com o dobro, triplo ou mais de lúpulos ou maltes;

* Cervejas que levam ingredientes como chocolate, manteiga de amendoim (mais americano impossível) ou café em grãos (olha aí, de repente você já fez uma extrema e não sabia) tudo em altas dosagens;

* Strong Porters produzidas com gengibre chinês cristalizado (acho que não precisa ser chinês, certo?);

* Ales elaboradas com ostras e algas (algas até passa, mas com ostras... prefiro as minhas na concha com limão e sal acompanhando uma boa Irish Red Ale B&R, é claro!);

* Cervejas de paladar marcante por terem sido fermentadas com cepas específicas de fermento que foram inoculadas propositalmente em conjunto com algum tipo de bactéria (contaminação intencional).

Retirei fragmentos de vários locais, mas indico a matéria http://www.gizmag.com/worlds-strongest-beers/15256/  como imperdível, apesar de extensa é muito interessante e abrangente. Deste site retirei a incrível imagem a seguir que me poupou desta vez da montagem de um display com cervejas a serem degustadas. Clique nela para ampliar e visualizar os detalhes. A lista abaixo é invejável e pretendo obter algumas delas (ou quem sabe todas) para degustar um dia desses. Destaque para a garrafa da Utopias que é de muito bom gosto, já a da BrewDog... por acaso estão situadas nos dois “extremos” da lista, seria uma reles coincidência?

 
Como podem ver não se trata somente de muito álcool ou muito lúpulo, mas de coisas que na maioria das vezes até tentamos evitar como uma contaminação, porém feitas de forma planejada e controlada. Provavelmente, outras características podem colocar sua cerveja dentro dessa categoria, elenquei aqui condições consideradas pelos americanos, mas temos as nossas também, por exemplo, porque não considerar como extrema uma cerveja com rapadura ou com aipim (conhecem?), talvez com cupuaçu, quem sabe com açaí e até, porque não, com carambola, mas o importante é a concentração desses adjuntos, lembrando somente que extremo é extremo e não meio.

Caros amigos e amiga considerem-se, portanto, iniciados e não parem por aqui, existe um mundo de sabores, aromas e sensações a sua espera, onde? Bem debaixo do seu nariz, ou ainda não perceberam que as cervejas caseiras artesanais não conhecem limites? Ousar é o verbo, criatividade é a palavra.

Nos vemos.

Prosit!!!