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quarta-feira, 28 de abril de 2010

E do bagaço fez-se o pão de malte...

Como utilizamos muito cereal em nossas fabricações, nós, cervejeiros caseiros precisamos dar um destino mais nobre ao malte que sobra da brassagem, por isso, para não descartá-lo simplesmente jogando-o no lixo e por ser um alimento nutritivo e rico em fibras, seu aproveitamento como ingrediente para pães é uma alternativa saudável, ecologicamente correta e bastante saborosa.

Coloco aqui uma receita desenvolvida por mim, mas vocês podem encontrar várias outras pela internet.

A obtenção da matéria prima, o malte, não é difícil, basta que você conheça algum cervejeiro e peça a ele que ceda alguns quilogramas para você na próxima brassagem.



Pão de Malte by Breda

Ingredientes

01 kg de farinha de trigo branca
250g de farinha de trigo integral
200g de farelo de malte
02 sachets de fermento biológico seco
02 colheres de sopa de açúcar
01 colher de café de sal
400ml de água morna (máx 45°C)
03 colheres de sopa de margarina derretida (fria)


Preparo

Em uma tigela grande, misture bem as farinhas com o fermento; Dissolva o sal e o açúcar na água morna e coloque sobre a farinha, mexendo lentamente e vá misturando a margarina derretida. Sove bem a massa até que esteja com uma aparência homogênea e não esteja grudando nas mãos. Cubra a tigela com um pano e deixe em local fechado (dentro do microondas, por exemplo) por 40 minutos ou até que dobre de tamanho.
Enquanto isso, coloque o farelo de malte em uma assadeira rasa e espalhe bem. Acenda o forno a 150°C e asse o farelo até que esteja completamente seco (aprox. 20 minutos).
Desligue o forno, retire o farelo e reserve.


Quando a massa já tiver dobrado de tamanho, amasse-a novamente adicionando o farelo de malte já resfriado, sove bem e faça um cilindro com a massa. Coloque em uma assadeira para pão de forma grande, ou se preferir, utilize duas formas pequenas.



Pão crescendo dentro do micro-ondas
Deixe crescer novamente até que a massa ultrapasse a borda da forma em +ou- 02cm.
Aqueça o forno a 180°C e asse o pão por 40 minutos ou até que esteja dourado.
Sirva ainda quente com manteiga, geléia, requeijão e frios.

Acompanhe com uma boa cerveja artesanal, de preferência a nossa!
Fiquem em Paz!

Prosit!!!

OBS - A receita pode ser elaborada sem o malte, caso não o encontre, mas você deve substituí-lo por um outro cereal de sua preferência, experimente utilizar aveia em flocos ou linhaça. Se não gostar de farinha integral, basta aumentar a quantidade de farinha branca.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Equipamento - Parte 2

Então, ninguém teve coragem de tentar fazer a receita? Erraram e não estão a fim de compartilhar a experiência? Não acreditaram que o equipamento funciona? Tudo bem, não se preocupem, depois do dia 08/maio colocarei aqui as fotos que comprovam a funcionalidade do equipo.

Dando seqüência no aprendizado, mostrarei agora como fazer o primeiro "upgrade" no seu equipamento mínimo, de forma a irmos caminhando em direção ao próximo nível, mas sempre prezando pelo gasto mínimo e preservando ao máximo o investimento já efetuado. Farei aqui uma espécie de "de-para" de forma a facilitar a identificação do que será mantido, modificado, substituído ou descartado. Tomando por base a lista anterior, faremos a primeira melhoria em nossa beerparafernália.

1. Fogão caseiro: substituir por um fogareiro industrial com registro de alta pressão para a Brassagem. A água de lavagem continuará sendo aquecida no fogão;

2. Caldeirão de alumínio: aumentar para duas unidades e adicionar uma torneira em pelo menos um deles, o ideal seria colocar em ambos. Colocá-la conforme a figura abaixo e preferir registros de esfera de inox ou latão cromado;
3. Garrafa PET de 600ml - descartar, pois não será mais necessária;

4. Garrafas PET de 2 litros - Substituir por 24 garrafas de vidro âmbar de 600ml (aquelas de cerveja comum);
5. Rolhadeira manual (máquina para colocar tampinhas) - Adquirir;
6. 24 tampinhas metálicas para fechamento das garrafas - Adquirir;
7. Um fundo falso de alumínio - Adquirir;
8. Moinho manual para cereais - Adquirir.
Moer o malte é um processo demorado e cansativo, mas no nível intermediário mostrarei como automatizar o processo. Se encontrar um moinho de cilindros (como aqueles de fazer massa de pastel) usado ou em um ferro velho, opte por esse modelo.
Atenção: Os demais itens da lista anterior devem ser mantidos!
Moa o malte de forma a esmagar os grãos expondo seu interior e manter, ao máximo, as cascas inteiras.Você deverá colocar o fundo falso no caldeirão de brassagem antes de colocar a água. Observe que os orifícios devem ter no máximo 02mm de diâmetro e a altura da alça deve ser da mesma altura da contra-porca da torneira, assim ela ficará alguns milímetros acima da saída do mosto e levemente inclinada para o lado oposto. Isto facilitará a passagem do mosto sem bagaço.
Após os 90 minutos de cozimento, você deverá circular o mosto retirando-o pela torneira e recolocando-o no caldeirão até que ele esteja bem claro, utilize a jarra plástica para essa operação. Somente após estar devidamente clarificado é que o trasfegaremos para o segundo caldeirão, o de fervura.
Este processo fará com que sua cerveja fique bem menos turva do que a primeira, utilizando o processo que expliquei anteriormente.
Atenção: Os demais passos deverão ser mantidos.
As garrafas de vidro deverão ser sanitizadas com ácido peracético ou soda cáustica (ver dosagem na publicação "Equipamentos"). Após enchê-las, coloque as tampas utilizando a rolhadeira e mantenha as garrafas cheias por 10 dias fora da geladeira. Não se esqueça de abrir uma delas no oitavo dia para verificar a carbonatação, se já estiver OK refrigere todas as garrafas. Após refrigerá-las por dois dias, você poderá degustá-las ou pasteurizá-las.
Pasteurizando as garrafas
Para a pasteurização você deverá utilizar o caldeirão com torneira.

Coloque as garrafas ainda geladas dentro do caldeirão deixando um espaço de dois centímetros entre cada garrafa;
Coloque água no caldeirão até que fique pelo menos dois centímetros acima das garrafas;
Acenda o fogo e aqueça lentamente a água até 66°C. Procure subir no máximo quatro graus por minuto;
Mantenha a temperatura por pelo menos dois e no máximo cinco minutos;
Desligue o fogo e esgote o caldeirão lentamente;
Deixe suas garrafas por mais cinco dias em temperatura ambiente.
Desta maneira suas garrafas de cerveja terão uma validade de até 03 meses fora da geladeira e de até 06 meses refrigeradas.
Como já disse antes, o difícil é mantê-las cheias por tanto tempo.
Os novos equipamentos podem ser encontrados nos mesmos fornecedores que já indiquei aqui no blog e o fundo falso pode ser feito em casa com algum material e um pouco de paciência. Se precisarem de alguma informação adicional ou se restou alguma dúvida mandem e-mail para: mhbreda@hotmail.com. Será um prazer auxiliá-los.

Não se esqueça de postar comentários sobre suas produções aqui no "Breja do Breda".


Prosit!!!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Porque postar um comentário?

Olá a todos os visitantes do "Breja do Breda", sejam bem vindos!!!

Hoje resolvi deixar um recado a vocês falando sobre comentários. Observo que o número de comentários é muito pequeno em relação ao de visitantes, não que todos os visitantes precisam obrigatoriamente deixar um comentário, mas acredito que boa parte já teve vontade de escrever algo e não o fez, talvez por não me conhecer, talvez por achar que o conteúdo não merecia, por inúmeras outras razões talvez...mas, deixo aqui a minha opinião, não se acanhem, escrevam, o blog é de vocês.

Sei que muitos poderiam ter deixado comentários, pois recebo vários e-mails com dúvidas e comentários, ou seja, o pessoal manda e-mail mas não gosta muito de comentar direto no Blog, acredito.
Vamos quebrar esse gelo, comentem, expressem suas opiniões, isso somente servirá para enriquecer nosso Blog!!
Os comentários são importantes para que eu possa saber se o Blog agrada, se os assuntos estão interessantes, se devo colocar outras informações, mais técnicas, mais didáticas, escrever mais ou escrever menos e tudo o que vocês imaginarem.

Assim, inicio hoje o nosso serviço de ouvidoria com a campanha:
Obrigado pela visita!!!

Bom feriado com muita cerveja de qualidade para vocês!!!


Prosit!!!


AHHH, em tempo, votem nas pesquisas também!!!!! Sua opinião acerca dos assuntos é vital para nossa atividade!!!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Um dinheiro "bem gasto"...

Mais um sucesso, graças a Deus!!!

A festa do pessoal da UNICAMP, regada com nossa Weizen só não foi melhor porque os 30 litros encomendados, mais as 10 garrafas que eram para o pai de um dos garotos, e que acabaram esticando o total da cerveja para 35 litros não foram suficientes para a volúpia dos presentes, assim como na festa da Château, o "ver para crer" totalmente compreensível, subestimou o consumo, mas nada que não se resolva na próxima, 60 litros serão pouco!!!

Como não poderia deixar de ser, uma frase reinou durante o evento, foi mais ou menos um uníssono entre os participantes:
" --- Foi o dinheiro mais bem gasto com cerveja da minha vida!!!"
- Eu e o Riva agradecemos a preferência!!!
Meu sobrinho Lucas - organizador do evento

Além disso, contamos com um apreciador da boa cerveja, pois residiu na Alemanha por um tempo e pode com conhecimento prático avaliar a qualidade da cerveja B&R, principalmente a weizen, uma especialidade alemã.

Apreciando a bebida & demonstrando a satisfação!!!

A comemoração foi bastante alegre e os brindes não pararam um minuto, gritos de guerra acompanhados de vários "Prosit" coletivos.
Olha aí o "filhote" de 30 litros, todo agasalhado em seu cobertor de gelo! O pessoal improvisou uma verdadeira "caixa" para manter a criança gelada, pelo menos a informação foi de que não prejudicou a temperatura da bebida!!!

Um grande abraço a turma da UNICAMP e espero novas festas regadas e cerveja de boa qualidade, logicamente fornecida por nós!!!
Fiquem em paz!!!
Prosit!!!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Airlock Caseiro

Vamos lá pessoal, como preparar um airlock caseiro com materiais baratos.
(Algúem aí lembra do Daniel Azulay???..rsrsrs)

Lista de material
01 Garrafa plástica de água mineral de 500ml com tampa;
01 Pedaço de mangueira cristal de aproximadamente 04mm de diâmetro;
01 Rolha de silicone para galão de água (se não tiver, use uma de cortiça mesmo);
Furadeira e broca de aço do mesmo diâmetro da mangueira;
Massa de modelar atóxica branca.

Montagem
1. Com a furadeira, faça um orifício na tampa da PET com cuidado para não ficar ovalado ou danificar a tampa;
2. Com a mesma broca, faça um canal no centro da rolha de forma a atravesá-la (de cima abaixo);
3. Coloque a mangueira no canal da rolha deixando uns 02cm de sobra na parte que ficará dentro do galão;
4. Passe a outra extremidade da mangueira pelo orifício da tampa deixando uns 10-12 cm de sobra;
5. Verifique se a mangueira ficou bem justa nos orifícios, o ideal é que ela entre um pouco forçada, caso esteja com alguma folga, vede com massa de modelar atóxica, mas somente pelo lado de fora de forma a evitar o contato com a cerveja. O ideal é não necessitar da vedação com massa, por isso procure fazer os furos com a broca correta.

Após ter colocado o fermento já propagado e agitado o mosto para aerar, coloque o airlock conforme a figura abaixo.
Utilização

Observe que o comprimento da mangueira deve ser suficiente para que a garrafa possa ficar em pé no chão junto ao galão. Cuidado para não dobrar a mangueira, pois isso poderá impedir o fluxo de CO2 e forçar o airlock a sair da rolha.
Coloque água na garrafa até 3/4 do volume (se tiver peracético melhor) e certifique-se de que a ponta da mangueira ficou pelo menos 03cm dentro da água;

Cheque se a vedação está ok pressionando levemente o galão e observando se bolhas de ar saem da mangueira dentro da garrafa com água. Não pressione muito o galão para evitar que a água suba pela mangueira e caia no mosto.

Deixe a tampa da garrafa levemente solta, não aperte muito, pois o CO2 precisa sair da garrafa PET, mas cuide para que a tampa esteja presa a garrafa de forma que você a segure pela tampa e ela não solte da garrafa.
Pronto, você já tem um airlock muito rudimentar, mas barato e funcional. Claro que existem outras formas de produzir um airlock caseiro, mas essa com certeza absoluta é a mais simples e barata. o importante mesmo é seu galão não explodir e sua cerveja não ser contaminada.
Aproveitem o final de semana para fazer cerveja! (ou beber, com moderação é claro)


Prosit!!!

Detalhes do Equipo Básico

Palavra dada, palavra cumprida!

Prosit!!!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Equipamentos

Tenho observado pela internet e também pelos fóruns que participo que muita gente ainda desconhece os equipamentos básicos para a produção de cerveja artesanal caseira. Diante dessa constatação, resolvi iniciar a montagem de um manual completo, diferente de tudo o que temos por aí, sempre na linha do didático sem rebuscagem, do simples, mas esclarecedor e profundo, mas, enquanto isso, estarei publicando detalhadamente o kit do cervejeiro caseiro.
Pensei em dividí-lo em básico, intermediário e avançado para ser mais realista e também não gerar no cervejeiro iniciante a sensação de que ele terá que desembolsar uma pequena fortuna para debutar nesse delicioso hobby.
O ponto de partida, penso, é a decisão sobre utilizar o fogão de casa ou ter uma estrutura dedicada à produção, começarei pelo mínimo necessário, o básico. De quebra darei uma receita light para vocês mostrarem aos amigos que sua "loirinha" é bem melhor que as outras.
1. Nível Básico
1.1. Equipamento Mínimo
Fogão doméstico;
Relógio;
01 Caldeirão de alumínio de 15 litros - n° 28;
01 Panela auxiliar de 03 ou 04 litros;
01 Jarra plástica atóxica de 01 litro;
01 Balde plástico atóxico de 15 litros (pelo menos);
01 Saco de gelo (não precisa ser potável);
01 Galão de água (azul) de plástico duro transparente de 20 litros (o mole deixará gosto na cerveja);
01 Rolha de silicone para o galão;
01 Airlock (vou ensinar como fazer um em casa);
01 Peneira plástica grande 15cm de diâmetro com malha de metal e trama de 0,5 a 1,5mm de vão;
01 Escumadeira de alumínio;
01 Copo de vidro de 300 ml esterilizado;
01 Colher de sopa de inox esterilizada;
01 Vela de parafina;
01 Termômetro de 0-100°C;
01 Frasco pequeno de tintura de iodo;
02 Metros de mangueira atóxica de 1/2" transparente;
01 Garrafa PET de 600ml (para trasfega);
10 Garrafas PET de 2,0 litros bem lavadas e sanitizadas com ácido peracético ou soda cáustica a 5,0%.

1.2. Insumos
20 litros de Água mineral ou filtrada
04 kg de Malte de cevada pilsen (ou cristal) moído
10g de Fermento cervejeiro de alta fermentação (S33)
06g Lúpulo em pellets (columbus)
150g de Açúcar cristal

1.3. Processo
1.3.1. Brassagem
Colocar 12 litros de água no caldeirão de alumínio e aquecer até atingir 45°C;
Acrescentar o malte moído e mexer vagarosamente com a escumadeira. Se não tiver um moinho utilize um pilão com socador e vá moendo o malte aos poucos, dá bastante trabalho mas o resultado é satisfatório;
*****ATENÇÃO: NÃO BATA O MALTE NO LIQUIDIFICADOR, POIS A CASCA TRARÁ UM AMARGOR RUIM PARA A CERVEJA, ALÉM DISSO, SEM A CASCA NÃO CONSEGUIREMOS CLARIFICAR O MOSTO!*****
Mexa a mistura constantemente até que a temperatura alcance 65°C;
A partir deste momento você deverá controlar o fogo para que a temperatura permaneça constante ou variando entre 65-68°C por 90 minutos;
Verifique o amido do mosto retirando um pouco com a escumadeira e pingando uma gota de iodo. Enquanto o iodo em contato com o mosto apresentar tonalidades de roxo ainda existe amido a converter (ver postagens sobre o processo de brassagem aqui no blog). Realize uma medida após 60 minutos para se assegurar de que não há mais amido;
Após os 90 minutos, aumente a temperatura até 78°C por 05-10 minutos e desligue o fogo;
Deixe a mistura decantar e esfriar por uns 15-20 minutos;
Enquanto isso, encha a panela auxiliar com água e coloque para aquecer até 80°C.

1.3.2. Clarificação
Com a jarra, comece a retirar cuidadosamente o mosto do caldeirão e vá passando-o para o balde através da peneira até que o caldeirão contenha somente o bagaço no fundo;
Coloque com a jarra a água da panela auxiliar, a pelo menos 78°C, vagarosamente sobre o bagaço para ir lavando o restante de mosto que ainda estiver preso;
Repita a operação anterior retirando cuidadosamente o mosto ralo com a jarra e peneirando para o balde até que não seja mais possível retirar líquido sem bagaço. Se verificar que ainda há muito mosto a retirar, coloque mais água quente e peneire com cuidado para o balde. Lembre somente de não ultrapassar os 04 litros de água para clarificação;
Retire todo o bagaço do caldeirão e reserve para fazer pão de malte;
Limpe bem o caldeirão de forma a não deixar nenhuma casca em seu interior.
1.3.3. Fervura
Coloque o caldeirão novamente no fogo e encha-o com o mosto do balde;
Quando o mosto começar a ferver adicione metade do lúpulo (03g) e controle a fervura para que não derrame. Cuidado para que o lúpulo não grude na lateral da panela;
Ferva essa mistura por 55 minutos;
Coloque o restante do lúpulo e ferva por mais 05 minutos;
Desligue o fogo;
Faça movimentos circulares vigorosos no mosto de forma a criar um redemoinho (whirpool) razoável;
Tampe o caldeirão e deixe esfriar por 20 minutos ou até 80°C.

1.3.4. Resfriamento
Tampe bem o tanque de lavar roupas;
Com muito cuidado coloque o caldeirão no interior do tanque;
Coloque o gelo no tanque;
Coloque água o suficiente para cobrir mais da metade do caldeirão;
Verifique a temperatura abrindo a tampa do caldeirão o mínimo possível para não contaminar o mosto;
Deixe resfriar até 25°C (no máximo 30°C).

1.3.5. Trasfega
LEMBRE-SE DE SANITIZAR A MANGUEIRA E A PET DE 600 ml
Coloque o Galão sanitizado no chão, próximo ao tanque;
Utilizando a mangueira e a PET de 600ml, faça uma bomba de sifão da seguinte maneira: Coloque uma das pontas da mangueira dentro do mosto, mas muito cuidado para não levantar suspensão do trub decantado (ajuste o tamanho da mangueira, não precisa utilizar os 02 metros);
Coloque a outra extremidade dentro da PET de 600ml (amassada para tirar o ar de dentro); Vede a boca da garrafa com a mão, mas sem fazer contato com a ponta da mangueira; Pressione a garrafa de forma a sugar o mosto, como uma bomba de retirar combustível do tanque do carro; Quando começar a sair o mosto, retire a ponta da mangueira da garrafa e coloque dentro do galão;
Drene o mosto por completo tomando cuidado para não sugar o trub do fundo do caldeirão. Se necessário não drene tudo, mais vale perder alguns mililitros do que deixar toda sua cerveja defeituosa.

1.3.6. Ativação do fermento
Acenda a vela e deixe o copo bem próximo a ela, isso fará com que o ar por sobre o copo fique livre de bactérias, pois o calor gerado pela chama da vela evitará que haja contaminação. Certifique-se também de que não há corrente de vento no local.
Pegue o copo e a colher de inox sanitizados; Coloque um pouco do mosto resfriado até a metade do copo; Abra o sachet de fermento (não use a boca, utilize uma tesoura);
Despeje o fermento no copo e faça movimentos laterais, curtos e rápidos com a colher até que o fermento esteja diluído no mosto (sem pelotas); Deixe atuar até que a espuma gerada chegue a 3/4 do copo.
1.3.7. Fermentação
Despeje o fermento ativado dentro do galão com o mosto e tampe-o;
Balance o galão de forma a aerar um pouco a mistura e para que o fermento se espalhe por todo o líquido; Coloque o Airlock na rolha do caldeirão já com a água, preferencialmente com um pouco de peracético; Coloque o galão na geladeira e observe a fermentação por 3 a 5 dias entre 15-24°C, caso tenha uma caixa de isopor grande ou um pequeno local fechado na casa onde consiga controlar a temperatura neste intervalo, utilize 2 ou 3 garrafas PET de 2 litros congeladas para deixar o ambiente mais frio, coloque-as próximas do galão. Verifique a temperatura constantemente.
Durante a fermentação o airlock soltará bolhas, certifique-se de que não falte água nele, pois se ele secar você correrá um grande risco de contaminar sua cerveja.

1.3.8. Maturação
Após os 3-5 dias de fermentação o fermento se posicionará naturalmente no fundo do galão, se isso não ocorreu, refrigere o mosto a 1°C em geladeira ou repita a operação com gelo no tanque, porém desta vez você precisará de mais gelo e de umas 10-12 horas de imersão.
Sanitize o Balde, coloque os 250g de açúcar e drene todo o mosto para ele de forma a dissolver bem o açúcar, dessa maneira, tanto o açúcar quanto o fermento residual, serão distribuídos homogeneamente pelo líquido, depois vamos ao envase.
Se preferir, coloque 25 gramas de açúcar cristal (aproximadamente uma colher de sopa cheia) dentro de cada PET, bem lavada e já sanitizada.
1.3.9. Envase
Encha as garrafas com a cerveja utilizando o mesmo sistema de sifão com a mangueira transparente, com cuidado para não levantar o fermento decantado no fundo do galão; Deixe cada garrafa com aproximadamente 1,5 litros, não encha muito, pois precisamos de espaço para a geração do gás carbônico;
Sugiro que, antes de fechar as garrafas, retire todo o ar possível de dentro delas apertando-as;
Tampe bem lembrando de sanitizar as tampas das PETs;
Misture bem o açúcar à cerveja fazendo movimentos leves, mas não deixe que o açúcar fique acumulado no fundo da garrafa. Se necessário movimente as PETs mais de uma vez;
Deixe-as em temperatura ambiente, em local protegido da luz por serem garrafas claras, por 7 a 10 dias;
Refrigere uma das garrafas no sétimo dia e verifique se já está com boa espuma. Se estiver, refrigere todas as garrafas.
Pronto, você já fez sua primeira cerveja e verá que não foi tão difícil assim, ela estará com aproximadamente 4,5% de teor alcoólico, bem próxima das pilseners nacionais, mas será uma Golden Ale by Breda.
Reforço a todos que essa é uma maneira barata de fazer cerveja, sem gastos demasiados com equipamentos, por isso sua cerveja não estará muito límpida, pois o ideal seria clarificá-la mais adequadamente utilizando um recurso simples que é uma torneira no caldeirão, além disso, a refrigeração pós fermentação também seria mais adequada para que o fermento decantasse ao máximo, contudo, essas diferenças serão apresentadas mais à frente nas publicações de equipamentos intermediários e avançados.
Amanhã ou até o final de semana, colocarei ilustrações do equipamento mínimo do nível básico e uma idéia de custo para essa produção, além de mostrar passo a passo como fazer o Airlock caseiro.
Darei também a minha receita e o passo-a-passo do pão de malte.
Espero que muitos de vocês tentem utilizar esse processo, já testado e aprovado, façam-na e depois me digam como ficou.
Em tempo, os insumos mencionados podem ser obtidos facilmente via correio junto aos seguintes fornecedores:

Fiquem em Paz!
Prosit!!!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Esta frase merece

Procurando equipamentos pela WEB, hoje após o expediente, me deparei com a celebre frase abaixo que pretendo colocar no rótulo da nossa ESB, logicamente com a aprovação do Riva, após o concurso da ACerva Paulista, do qual participaremos com essa bela cerveja, independentemente do resultado.

"Who drinks beer sleeps well.
Who sleeps well cannot sin.
Who does not sin goes to heaven.
Amen."

Muito bem Cé, você tem razão, lá vai a tradução:

"Quem bebe cerveja dorme bem.
Quem dorme bem não comete pecados.
Quem não comente pecados vai para o céu.
Amém."

Pessoas inspiradas como o autor desconhecido (ao menos para mim) somente poderiam o ser ao apreciar essa maravilhosa bebida.

Degustem a frase, e a utilizem com moderação.

Abs.,

Prosit!!!

domingo, 11 de abril de 2010

Resultado da última produção

Como disse na publicação "Produção dobrada", fizemos 100 litrinhos da nossa HefeWeizen de uma vez só, já tiramos a menina da fermentação há uns dias e agora estão maturando.

Garrafinhas de 550ml embaixo e de 330ml em cima

02 barris de 15l e 01 de 30l - até a boca de Weiss

Tomamos uma garrafa teste hoje e já está uma delícia, mais 04 dias de maturação e vamos pasteurizar as garrafinhas.

Hefeweizen com 06 dias de engarrafamento



Já estão com quase 02kgf de pressão


Os barris já estão vendidos e parte das garrafas também, as outras colocaremos nos kits promocionais que eu e o Riva estamos montando para fazer um "merchand" da nossa cerveja.


Aproveito para postar a foto do nosso novo "tanque" de brassagem de 125 litros, não pude ir para Pompéia, pois fui as compras para montar essa gracinha. A parte engraçada da aventura foi eu e minha namorada Cris carregando esse monstrinho no metrô.


Reparem o tamanho do caldeirão de 60 litros (o que usamos para a brassagem dobrada) dentro do novo brinquedo, parece pequeno não? Dentro do de 60 um de 15l para decocção. Agora nossa autonomia alcança os 250 litros por brassagem utilizando a técnica de "brassagem dobrada" by B&R


Agora é acoplar todas as peças e usar essa gracinha para a brassagem da cerveja que mandaremos para o concurso da Acerva Paulista, nossa ESB sairá desse tanque, a receita já está fechada e os ingredientes separados!

Espero que curtam as fotos.


Forte abraço.

Prosit!!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vacalhau com Binho...não...com Breja!

Harmonização n.º 002 by Breda

Muito bem, ninguém se arriscou no cannelloni??? Ou não querem comentar??? OK, vamos à próxima receitinha, essa é um segredo de família, ou era, mas meu pai, o famoso Bredão, me autorizou a divulgá-la aqui, para o bem de todos os cervejeiros e glutões da paróquia.

Tradicionalmente, na sexta-feira Santa saboreamos o delicioso Bacalhau do Bredão, o qual terei o prazer de ensiná-los a preparar, antes, porém, importante frisar que nenhum de vocês deve divulgar essa receita antes de prepará-la.

Bacalhau do Bredão

Ingredientes
02 kg lascas de bacalhau dessalgado
1 1/2 kg de batatas cozidas amassadas
1 1/2 cebolas em rodelas finas
08 dentes de alho grandes amassados e bem picados
08 colheres de sopa de margarina (doriana porque derrete!)
12 azeitonas pretas grandes "ou mais" (sugiro a qualidade Azapa)
250 ml de azeite de oliva (preferencialmente extra-virgem)

Preparo
Misture a batata amassada com 03 colheres de sopa de margarina;
Em um refratário de vidro (marinex grande), espalhe a batata amassada por igual, preenchendo todo o fundo;
Espalhe o alho (cru) amassado e bem picado fazendo uma camada fina sobre as batatas;
Em uma frigideira anti-aderente, frite o bacalhau com 03 colheres de sopa de margarina e duas colheres de sopa de azeite, até dourar;
Espalhe o bacalhau homogeneamente sobre a batata;
Na mesma frigideira, refogue as cebolas com o restante da margarina até que esteja com uma aparência brilhante e perca a crocância, mas sem deixar amolecer demais;
Espalhe as cebolas refogadas sobre o bacalhau, cobrindo toda a superfície;
Derrame o restante do azeite por sobre as cebolas de forma homogênea;
Distribua as 12 azeitonas adornando o prato.
Sirva com arroz branco e harmonize com nossa Red Ale (B&R), satisfação garantida!!!

IMPORTANTE: Se não gostar muito de alho diminua a quantidade pela metade (ou suprima).
Rendimento: 12 porções (generosas)


Seguem algumas fotos para ilustrar a receita, pena não ser possível utilizar outros sentidos pela internet...



Espero que apreciem!

Prosit!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Produção dobrada

Pois é, mais uma vez nossas experiências atingiram o sucesso esperado!

Fico muito satisfeito com os resultados, pois não encontro uma vírgula sobre produção de cerveja caseira concentrada, mas, Breja do Breda, B&R e Cervejaria "A" trazem para vocês dicas de como fazer 120 litros de cerveja em um tanque de 60 litros de uma única vez!

Elaboramos nossa estrela HefeWeizen de uma forma inusitada, foi no dia 27/03/2010, como temos duas encomendas de nossos clientes (ah, lembrando que já temos 03 clientes em nossa carteira, recém inaugurada!!) e as duas somam 60 litros precisávamos acelerar a produção, pois os eventos ocorrerão em abril e não teríamos tempo para duas brassagens em finais de semana consecutivos sem prejudicar o sagrado período de maturação, assim, resolvemos (eu e o Riva) tentar dobrar a capacidade nominal sem trocar o equipamento e mantendo a qualidade da receita.
Este mês trocaremos nosso equipo atual de 60 litros por um de 125 litros, assim, somado a essa técnica que desenvolvemos, teremos brassagens de 250 litros...em casa!!! Não é supimpa??? "Eu acho :)"
Vamos aos fatos e às fotos:

Pesquisando muito, localizei dados em livros, por isso nada de links hoje...mas verei o que dá pra fazer quanto aos textos em inglês, não sei se traduzo na raça ou se coloco na íntegra, tendo a segunda opção, mas não quero parecer "cervechato", por isso pode ser que arrisque uma "versão brasileira".

A coisa começou normal, moagem e água quente, a diferença está logicamente nas quantidades, por isso, colocamos no tanque o malte calculado para 120 litros de cerveja, reparem na foto abaixo, como ficou a "sopa", quase nada de líquido, pois o malte absorveu quase tudo e ocupou todo o espaço disponível.
Brassagem dobrada!!!

Processo padrão, descanso Fenóico, Protéico, Beta e Alpha, o lance é deixar a densidade lá em cima, pra atiçar a turma da panela no final da clarificação o mosto estava com nada menos que 1094 (é mole?) e olha que utilizamos mais de 40 litros de água de lavagem para o bagaço.

Uma decocção para entrar na Alpha e deixamos a FG em 1060, dava pra fazer os 120 litros numa boa, mas optamos por uma breja mais fortinha e alaranjada.
Resultado final, dois fermentadores cônicos de 30 litros e dois baldes fermentadores de 25 litros (medimos, cabe 25 Afonso!!!) repletos de mosto. Um balde não coube no freezer e tivemos que improvisar uma câmara fria para ele.

Reparem na foto que há uma garrafa PET no cantinho, foi um teste com fermento cultivado pelo Riva, a menina chegou a virar o manômetro no avesso, mas o resultado "da garrafa" publico depois da maturação, por hora fiquem com o ponteiro do manômetro em mais de 5kg, depois de ter deixado vazar muita pressão da PET. Pena que a foto com o ponteiro batendo no pino pelo lado de baixo ficou embaçada.

A foto de um dos tanques horas depois de adicionarmos os fermentos já mostram como ficará essa belezura, sorte dos compradores que terão uma cerveja de alta qualidade para seus eventos!

Aproveito essa publicação para informar aos amigos que estaremos participando do "I Concurso Paulista de Cerveja Caseira", promovido pela Acerva Paulista, a cerveja determinada por eles para o concurso será uma ESB, já temos nossa fórmula para a ExtraStrongBitter B&R. Depois do evento, terei o prazer de compartilhar com todos vocês nossa receita. Será a primeira receita completa que colocarei aqui no Blog, com quantidades e processo detalhado.

Resultado esperado da Brassagem dobrada.


Foto de nossa Weizen produzida em fevereiro/2010

Fiquem em paz!

Prosit!